A razão entende que a paixão seja loucura, pois analisando a incoerência existencial do fenômeno nele observa:
- perda da individualidade em função do fascínio que o outro exerce,
- presença de iniqüidade no declínio da capacidade racional e na exacerbação da capacidade emocional e
- falência do controle voluntário sobre as emoções.
A paixão é classificada pela razão como loucura (estado patológico), porque, via de regra, o indivíduo perde (parcial ou total) a individualidade, a identidade e o poder de raciocínio.
Por outro lado...
A paixão entende que a razão seja loucura, pois analisando a incoerência essencial do fenômeno nele observa:
- perda da espontaneidade pela rigidez e engessamento da conduta.
- condicionamento da vontade aos valores éticos e morais arcaicos, confusos e contraditórios e
- incapacidade de ousar, arriscar e aventurar no desconhecido, limitando o ser ao que é seguro e confiável.
A razão é classificada pela paixão como loucura (estado neurótico), porque, via de regra, o individuo perde (parcial ou total) a capacidade de inovar, limita sua ação a baixo nível de risco e segue rígido protocolo de condutas confiáveis.
Resumindo:-
μηδεν αγαν ou “nada em excesso”.
O lema do templo de Apolo ensina que, antes de ser racional ou passional, seja inteligente, erro e acerto aprimora a escolha e o talento, limita o auto-engano e ajuda a chegar ao objetivo com menor grau de sofrimento.