Sєłєтıѵα

 
registro: 25/09/2015
Eu me permito erros e acertos... falsas e verdadeiras conclusões.
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------>>> alternativas para dores interativas

Um amigo sábio orientou a Menina Maniva tempos atrás sobre as prováveis dores do coração ou da solidão: 
                                                "Mastiga a crise,nêga! Mastiga e começa digestão!".
Ele dizia isso porque tinha lindos dentes e voz melodiosa para acalmar a crise antes de devorá-la. 
Tinha suas terapias alternativas internas.
Ninguém sofre por acaso, meu bem. Às vezes, a gente sofre por puro existencialismo barato, por tudo que nos repetem sobre o amor-utopia, desde pirralhinhos ou porque parece que se não sofrermos pelo “fulano” que nos levou pra jantar, tomar o melhor vinho, com melhor canção de Sinatra ao fundo, que fez sexo desvairadamente a noite inteira e ainda deu beijo com bafo pela manhã, e não liga a uma semana, somos mulheres fáceis, porcas, sujas e insensíveis. 
Não somos dignas de um namorado como o “fulano”, perfeito.
Mastiga, nêga n10.gif
Mastiga de “cum força”!
Agora, de boca fechada para não perder a classe, né?
Eu sei que existem dores que parecem transbordar por entre os poros, só as lágrimas já não bastam. 
Parece que a energia das relações humanas é tão forte que até o cobrador de ônibus conferiu o troco para você e puxou o sinal no ponto que você desce, por puro dó da sua carinha de enferma. Ah, eu sei como é isso. 
Nem um lápis no olho você teve coragem de passar. Mas para toda dor interativa mundana como essa, existe uma terapia alternativa. Eis o ponto G de toda essa gozação com o nosso sofrimento. Nós podemos sim burlar a mente, a energia, e mastigar a crise como quem mastiga um pedaço de gelatina light, baby. Como?
Bom, meu amigo sábio metia os dedos no violão e cantava suas canções mais medonhas e dramáticas. Ele é intenso, gosta de sentir tudo de uma vez, chorar numa noite por todas as passadas com a “ciclana” e no outro dia estar inteiro. Eu chamaria isso de “terapia de choque”, mas funciona. hehehehe
Mas se você tem coração mais mole que a tal gelatina, melhor não se arriscar.
Existem formas mais leves de tratamento, para seus dentes sensíveis. Como ir ao shopping na promoção (isso se você estiver numa situação financeira estável e com um emprego seguro, por favor!), ou então fazer rapidamente um Profile no Facebook que você sempre odiou- porque vai que encontra alguém inesperado pelas páginas virtuais? Boa pedida também pode ser comprar um livro feminista, que tal "Mulheres que correm com Lobos" ? Ah, tem ainda terapias super saudáveis, mas essas são num período pós-fossa, uma semana depois do ocorrido. Como entrar na academia, cortar o cabelo, sair para a balada numa terça feira...Mastigar a crise de batom vermelho e salto alto meu amor, é melhor ainda!
Mas de algo você não pode esquecer: A crise ainda existe e precisa ser superada. A terapia é um modo paliativo, um empurrãozinho para a dor começar a te abandonar, mas tudo depende da sua mandíbula, da força da sua mordida. Não adianta ir para a Rave Trance e ficar sentada. Mas também não precisa tomar três ecstasys para pirar o cabeção. Entende?
Sim, palavras difíceis para dores tão interativas quanto aqueles olhares profundos, aqueles corpos que se encaixaram, aquelas línguas quase que coladas. Mas a alternativa então é inteirar-se sobre si mesma. 
A próxima dor vai ter que aterrizar em outro campo, desconhecido ainda, um novo sabor para o paladar. 
Então você deve pensar: “Mas que maravilha, vou descobrir mais uma alternativa terapêutica!”. 
E assim o mundo vai aturando a dor, junto com as glórias e angustias, com encontros e fugas dessas substâncias desconhecidas. O nosso repertório de emoções tende repetir, tenta lidar do mesmo jeito com a sensação nova de dor. Então a gente só sai do lugar quando percebemos que já não estamos no mesmo lugar.
Por isso, eu lanço aqui a sugestão de terapias que tem que ser mais internas que externas. 
São fugas para dentro é como inventar um prato com o nosso nome, e "se comer" com maior vontade. 
Mas isso sem a menor perspectiva de ser a saída de todas as dores, ou nenhuma novidade para os psicólogos mais conceituados no mundo. 
É pura repetição mesmo, talvez para absorção mais ampla de tudo, afinal, é preciso mastigar bem para não engasgar. Se o alimento fica preso na garganta, sufoca. 
Então é preciso degustar com calma, ir até o fim de cada pedaço.
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______________________________________________________________________________________________MENINA MANIVA 
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ESTOU APRENDENDO A ME ALIMENTAR SEM EXAGEROS SE ALGO NÃO ME CAIR BEM , EU VOU DE SONRISALn19.gif

#SEMPRE