Outro dia, tardiamente, conheci a canção “Morada”, de Sandy e Lucas Lima. A música é doce e a melodia é delicada… Ao ouvir um trecho no Instagram da cantora, me comovi. Pois todos nós, com raras exceções, já fomos “cortados pela raiz” mesmo após ter “dado flor”.
E fica sempre a dúvida: “como inventar um adeus?” ou, como seguir em frente quando tudo que a gente queria era permanecer, ver dar frutos, florir?
A gente sempre imagina que plantou flores em solo fértil, e chora em silêncio quando percebe que farto era só o nosso desejo.
A gente sempre vai ter um pouco de saudade daquilo que ficou por viver. Das histórias que a gente construiu no coração mas que não sobreviveram para virar realidade. Dos sonhos que a gente plantou mas não tiveram força para se tornar verdade.
De vez em quando é essencial fazer pactos com o adeus. Cortar pela raiz mesmo ferindo e doendo. Aceitar a morte de um tempo, tolerar a decisão de seguir adiante sem a companhia escolhida e permitir a ferida da despedida.