SHARITHA

 
registro: 14/07/2008
NAO tenho paciência pra mimimi ,nem tempo pra bla...bla...bla..DESCULPE-ME....????
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76 dias h

Você quer mesmo saber por que a gente não deu certo?

Fiquei sabendo que cê anda por aí dizendo que a gente não deu certo. Outro dia um amigo em comum me perguntou porque a gente tinha se distanciado. Respondi que às vezes a distância é o melhor caminho. No fundo você deve concordar com isso, embora ainda apareça de vez em quando em forma de mensagem no meu Whats, ou respondendo as minhas publicações tentando puxar um novo assunto. Acontece cara, que não dá. E quer saber mesmo por que a gente não deu certo? 

A gente não deu certo por conta dos seus sumiços, aquele velho joguinho de demorar pra responder, de não falar quando estiver a fim, de esperar o outro puxar assunto porque de alguma maneira você acha que demonstrar interesse é um defeito. A gente não deu certo porque você é adepto a essa geração mesquinha que está com saudade mas prefere não convidar pra sair, que quando está a fim finge que está nem aí. 

A gente não deu certo não foi por conta das minhas expectativas, foi por conta dessa distância que foi consequência da tua preocupação em não demonstrar afeto, como se o amor fosse algo ruim. E cara, eu não tenho paciência pra quem se limita, ou finge que quer quando na verdade não está tão a fim assim. Não perco mais o meu tempo correndo atrás de alguém que parece querer só quando bem entende, quando na verdade isso é só mais uma maneira que você encontrou de ter alguém te bajulando enquanto você abastece um pouco o estoque seu ego. 

A gente não deu certo porque você falava em saudades mas nunca mexeu um dedo sequer pra me encontrar, e também porque todos os convites que te fiz eram sempre deixados de lado, você sempre com uma desculpa de que não dava, estava cansado, tinha algo pra fazer ou que não sabia como chegar até o lugar. Mas por acaso você já ouviu falar em interesse? Porque quando a gente quer não existe desculpa.  
A gente não deu certo porque você preferiu se distanciar e escolheu me perder assim, de maneira silenciosa, esperando que eu, mais uma vez enchesse a o teu celular de mensagens. Se em algum momento eu não te mandei nem um ''oi'' ou não te liguei mais, foi porque cansei de ir atrás de alguém que não estava disponível mas sim, disposto a me fazer de palhaço. A gente não deu certo porque eu me recolhi, escolhi não participar desse teu circo cujo personagem é bem vazio: você. A gente não deu certo porque você optou pelo jogo e eu, pelo fim dele. A gente não deu certo por conta dessa sua mania de viver se escondendo pra não ter que lidar com suas emoções.

E não precisa dizer aos outros que a gente não deu como se eu não tivesse tentado dar em alguma coisa. Diga que você ainda não amadureceu e que prefere se reservar do que viver. Porque foi por isso que a gente não deu certo, pelo teu medo ou simplesmente, pelo teu prazer em ser mais um desses que faz das relações um jogo. E sinceramente, adultos como eu, não têm mais paciência pra esse tipo de relação.

Um dia eu te quis, hoje não mais.

Pensar que em algum momento eu pedi pra você ficar, implorei pra que a gente continuasse acreditando que poderíamos chegar em algum lugar. Dia desses me peguei pensando em tudo o que vivi ao teu lado e só consegui sorrir. Sorrir porque apesar de ter te amado como nunca pensei que conseguiria amar alguém, a melhor parte de tudo isso foi ter sentido o alivio que foi deixar de te querer. 

Um dia eu te quis como quem precisava de alguém pra viver, sabe? Eu te quis tanto que me coloquei de lado diversas vezes e achei que você era tudo o que eu tinha, sem ter me dado conta de que tudo o que eu realmente precisava era de mim mesma, principalmente pra entender o que valia a pena manter na minha vida e o que eu deveria descartar. Eu precisava de mim pra compreender que eu nunca fui sua, que você nunca foi meu, e que todo esse sentimento de apego confunde o amor, que deve ser um sentimento tão leve, profundo e recíproco. 

Eu precisava de mim pra aceitar que você não era exatamente o melhor abrigo que achei que fosse, e que em vez de correr pros seus braços pensando que tudo iria passar, eu deveria entender primeiro que, se a tempestade era você, não seria o mais seguro embarcar na tua. Eu precisava de mim pra enxergar que a teimosia é um veneno pro amor, que insistência nem sempre cura nossos machucados, às vezes deixa marcas ainda mais profundas. Eu precisava de mim pra perceber o fim e assim, aprender que ele existe pra a gente recomeçar. 
Hoje eu acho tudo muito engraçado. Consigo rir de todos os momentos em que chorei e implorei que você amadurecesse. Consigo achar graça em todos os machucados que você me fez, porque um dia eles doeram tanto que eu cheguei a pensar que não conseguiria me curar. Mas passa, a gente se cura e quando me curei, percebi o quanto amadureci com tudo isso. Não sei por onde você anda, também não me interessa saber. Não sei se continua sendo o mesmo de antes, e sinceramente, espero que não. Torço pra que você tenha tirado uma lição de tudo isso e ao menos, tenha se tornado um bom abrigo senão pra alguém, pra si.

A gente fica tanto tempo em pessoas que não valem a pena tentando acreditar no amor, que acaba passando pessoas realmente fodas e a gente não enxerga porque insistimos naquilo que não vale a pena. Às vezes a gente tá tão fixado em alguém que não percebemos que esse alguém não é o suficiente pra gente, e talvez nunca vai ser mesmo. 

Você não precisa ficar se não quiser, é só ser responsável e dizer o que sente.

Estava aqui refletindo sobre esse tal de responsabilidade emocional. Me importa se colocar no lugar do outro e não fazer com o outro aquilo que não gostaria que fizessem comigo. Mas esses dias me perguntei se valia mesmo a pena se importar tanto com o outro enquanto os outros pouco se importam com você? Pra ser sincero, das pessoas com quem me relacionei nos últimos anos não dá pra contar numa mão as que se preocuparam comigo, emocionalmente falando. Talvez uma, ou no máximo duas. E isso me trás um certo desconforto em saber e sentir na pele o quão trágico é a realidade dessa geração.

Já se afastaram de mim sem sequer dizer um “tchau”, outros sumiram porque encontravam algo mais interessante pra se ocupar. Já me fizeram se envolver, me prometeram ficar e no final de tudo, foram embora sem sequer agradecer o que foi vivido. E você fica num vazio, achando que tudo o que você deu não valeu de absolutamente nada. Outras pessoas me envolveram numa bagunça pra tentar se curar de algum ex, já me usaram como tapa buracos e voltaram com o ex quando perceberam que eu não iria funcionar como segunda opção. Já despertaram em mim uma vontade de ficar e quando cansaram de me usar, disseram que seria melhor eu ir embora. Já conheci aqueles que queriam somente um passa-tempo e de verdade, eu não me importo se as pessoas estão disponíveis pra algo sério ou se só estão dispostas a chegarem ao orgasmo. Basta ser sincero e transparente, sabe? Dizer o que quer e o que sente. Isso é ser responsável. 

Você não precisa ficar se não quiser, não precisa assumir uma relação se não tiver vontade e nem precisa continuar com alguém se você perdeu o interesse. Basta dizer, é gratuito e não dói nadinha. O fato é que pessoas vão sumir quando você não tiver mais o que oferecer a elas, e muitas sequer vão dizer quando estiverem pulando fora. Você vai precisar decifrar os códigos, até entender sozinho que o outro já não está mais ali, que você está só e precisa seguir agora. Doeu entender isso, mas é um fato
Mesmo que você não queira se relacionar e tenha se cansado de se entregar, haverá alguém que vai te fazer se sentir mais leve e assim, permitir que você mergulhe cada vez mais. Você mergulha e o outro some. E então você se pergunta: “por que caralhos alguém permite que entre em sua vida se esse alguém vai te expulsar de lá e jogar a chave fora?” Mesmo que você não queira nada sério, mesmo que você só pense viver o momento e deixar as coisas rolarem naturalmente, haverá alguém que vai te dizer o quanto você é especial, vai te fazer se sentir único e importante e depois te falar: ''eu não estou preparado pra algo sério''. Você se preocupa com o outro, se importa com o sentimentos alheio e tudo que deseja é não machucar a outra pessoa, até que essa pessoa simplesmente te trata com indiferença, abandona o barco e te deixa sozinho indo a um destino que você nunca quis ir mas só topou seguir a viagem por pensar que o outro não teria capacidade de sumir e te deixar só, sem nenhuma explicação. Daí você se vê obrigado a voltar a pisar no chão.

Eu sou sempre aquela pessoa que está pronta pra esclarecer as coisas, pra agradecer pelo que foi vivido e desejar boa sorte. Sou sempre o sujeito que se importa com o outro e por isso, prefere dizer o que sente, o que se passa, em vez de sumir gradativamente. Sou sempre aquela pessoa que percebe o outro diferente, agindo com indiferença e me tratando como se quisesse acabar tudo mas não tem coragem de dizer, eu digo porque tenho pavor em sumir da vida de alguém sem uma breve despedida. Sou quem fica sem respostas, que percebe o sumiço, e por isso vai lá e esclarece logo o que precisa ser esclarecido. Nunca são responsáveis com o que sinto e isso me faz pensar em deixar de ser também. Mas daí percebo que ter responsabilidade não é sobre os outros, é mais sobre mim, sobre quem sou e o que sinto.

Um dia alguém vai te pedir pra deixar rolar e vai sumir da sua vida.

Um dia alguém vai te pedir pra deixar rolar, e no primeiro momento, essa frase vai soar como algo doce e leve, você vai acreditar que isso não vai te machucar, até que de repente, você se vê a um passo a frente do outro. Você começa a sentir que está se envolvendo mais do que deveria, começa a perceber que os seus sentimentos parecem querer fugir de você, mas você insiste em deixar rolar, porque deixar as coisas rolarem parece despretensioso demais, e isso talvez, seja o que você esteja precisando no momento. Algo sem cobrança, sem que você precise dar satisfação ou perca o seu tempo tentando esclarecer algumas coisas. Mas é justamente esse a despretensiosidade que vai te dar uma rasteira, rir da tua cara e sumir com aquela pessoa da tua vida. Assim mesmo, de uma hora pra outra. E provavelmente isso vai doer. 

Um dia alguém vai entrar na tua vida, vai te conhecer, dividir a cama com você, te levar pra assistir a um filme estrangeiro, te apresentar algumas bandas e falar sobre alguns artistas legais que você precisa conhecer. Um dia alguém vai te chamar pra sair, vai olhar pra tua boca e sorrir, e quando você questionar o porque dele está rindo, ele vai te responder: sei lá, o teu sorriso me trás paz. Um dia alguém vai ser o teu momento de paz, vai transformar a correria do teu dia em algo mais calmo, o teu final de semana mais sereno e um dia problemático em um dia que você vai resumir em uma frase: ''só você mesmo pra me fazer rir''.
Um dia alguém vai ser aquela pessoa que te faz bem, aquela pessoa que se torna o motivo pra você pedir conselhos aos amigos porque você sabe que alguma coisa vai dar errado, mas mesmo assim, a presença da pessoa te dá uma coragem que nem mesmo você sabe explicar. Um dia alguém vai ser aquela ligação no meio da madrugada, que você não atendeu porque chegou cansado demais do trabalho, mas de manhã cedo, ao abrir a caixa de mensagem, você vai ler: só liguei pra ouvir a tua voz, desculpa se te acordei. E isso vai te tirar um riso de canto. É isso, um dia alguém vai ser o motivo do teu sorriso de canto, daqueles segundos que você se pega intacto enquanto admira o jeito que ele arruma o cabelo. Um dia alguém vai ser a razão pela qual você dorme tranquilo. Até que esse alguém some e se torna o motivo pelo qual você não consegue dormir direito. 

Um dia alguém vai te abrir a porta do peito, te permitir entrar e quando você se sentir de casa - de uma hora pra outra - quando tudo parecer tranquilo, esse alguém vai te expulsar de lá, vai dizer que você precisa ir embora ou que talvez, não deveria ter te conhecido, que o erro foi vocês terem se aproximado demais, ou que, simplesmente acabou. Alguém vai te fazer se sentir mais próximo, mais íntimo, conversar sobre politica, arte, música, filmes, tantos assuntos, mas de repente, esse alguém vai sumir da sua vida como se nunca tivesse sabido da tua comida preferida, da promessa que fez em assistir contigo as ultimas temporadas da sua série favorita, ou ultimo livro que você leu e indicou. Esse alguém vai deixar as suas mensagens pra depois, como se nada tivesse acontecido antes. Essa pessoa vai se transformar em um completo desconhecido que por pouco você conheceu e que talvez, fosse melhor nem ter conhecido.

Um dia alguém vai apresentar você aos pais, a tia que faz crochê, ao cachorro e até mesmo ao papagaio, vai dormir no teu colo numa tarde de domingo, talvez bata o cotovelo no teu rosto em alguma posição durante o sexo, e até te dê um abraço daqueles, como se tivesse te dizendo: por favor, não some da minha vida. Até que essa pessoa some da tua vida, te deixa sem respostas e te encontra em algum desses bares espalhados pela cidade como se vocês não tivessem tido absolutamente nada. 

Um dia alguém vai te dizer: deixa rolar. Até que você percebe que se envolveu demais, fica sem saber o momento de sair fora e óbvio, se fode. Eu costumo dizer que todas as relações, até as mais rasas e essas que acontecem mas acabam como se nunca tivesse acontecido, nos ensinam alguma coisa. A gente aprende que deixar rolar, talvez não seja uma boa escolha, porque no final das contas as coisas rolam tanto que acabam se distanciando, e a gente nunca tem controle sobre isso. A gente aprende que algumas pessoas vão sumir da vida da gente, é inevitável. E que, conhecer os pais, o cachorro, o sorriso, ou qualquer coisa que faça parte da vida de alguém não é um convite pra que a gente permaneça na vida dessa pessoa. E que entrar no coração de alguém não significa ficar na vida dessa pessoa, e que se sentir ancorado em um abraço, não quer dizer que você precise permanecer ali. Afinal de contas, os destinos mudam, as viagens acontecem, a vida segue e você, muito menos o outro, não foi feito pra ficar ancorado em alguém. 

Eu jurava que você queria ficar.

Você me fez acreditar que finalmente 
eu havia encontrado alguém que ficaria.
Parecia que você queria ficar,
e foi por isso que eu comecei a pensar 
na possibilidade de ficar também. 

No começo eu tive medo, confesso,
mas era como se a sua presença,
cada vez mais, me fizesse ter coragem, sabe?
Os momentos não eram só momentos,
parecia que a gente se procurava há tanto tempo
que finalmente nos encontramos.
Parece exagero falar assim, eu sei.
Mas o teu toque era como se me quisesse sempre por perto.
Tua boca falava tantas coisas boas de ouvir,
eram tantos assuntos que se pudesse
viraríamos um dia inteiro conversando bobagens.
Teus olhos encaravam os meus,
às vezes fitava os meus lábios enquanto eu falava.
Eu percebia isso enquanto minha mente
me pedia pra te beijar,
mas a minha timidez me bloqueava.
E no meio de tantas palavras,
quando o silêncio chegava,
não demorava muito pra você me dizer
o que em mim te agradava.
Eu ficava sem graça, claro.
Juro, parecia que você queria ficar.

Eu sei que os gostos em comum,
as vontades parecidas,
e os nossos planos bem iguais,
tudo isso não era o suficiente pra que você continuasse.
No fundo eu sempre soube
que você poderia ir embora a qualquer momento.
Só esqueci de me preparar pra isso.

E eu tentei, por várias vezes,
não pensar na possibilidade de te ter,
porque toda vez que penso em mergulhar em alguém
acabo quebrando a cara de tão raso,
ou remando sozinha de volta pra terra firme.
Sou um desastre, intensa demais.
E isso sempre foi o meu medo,
de te conhecer, despertar o interesse em ficar,
e de repente, você dizer pra mim: melhor acabar.
Mas você não me deu medo,
porque parecia que você queria ficar.

Quando pensava em não te enviar
mais mensagem, você enviava.
Quando não tinha mais assunto pra conversar,
você aparecia com algo novo pra me dizer,
uma música, uma viagem, uma história engraçada.
Você dizia que eu te fazia bem,
e você me fez bem também,
mas juro, parecia que você queria ficar.

Sei lá se a culpa foram das minhas expectativas,
mas veja bem, por mais que eu não quisesse,
você me fez querer.
E quando eu quis, você foi embora.
Não entendo tudo isso, mas aceito.
Eu jurava que você queria ficar.