Essa nossa mania de idealizar tudo e acreditar mais na idealização do que na realidade, acreditar mais na ilusão criada por nossa mente, do que acreditar no real, no que de fato acontece.
O amor pode ser incluído dentro do panteão (gigantesco e volumoso panteão) de coisas que criamos e depois nos devotamos tanto a isso que ignoramos a realidade. O amor não existe. Nunca existiu e nunca existirá. Não existe pessoa perfeita, que vai te completar, que vai te fazer feliz. Não existe pessoa que te ame. Não existe pessoa que queira te fazer feliz (felicidade: outra coisa que não existe).
Construímos (se construiu porque eu não construí nada) uma imagem do amor tão longe da realidade, tão impregnada de ilusões, que fica fácil saber porque existem tantas pessoas se decepcionando com ele. A decepção é uma consequência natural de uma expectativa sobre algo que não existe.
O amor não existe (não esqueça que Deus é amor). Pare de se enganar, pare de criar fantasias babacas. Pare com isso.
Mas você pode vir me dizer: e as pessoas que vivem há tanto tempo juntas e são felizes? Essas pessoas apenas acostumaram-se umas às outras. É como alguém que tem um livro há tanto tempo que não consegue se imaginar sem ele. O princípio é o mesmo.
O que existe é um relação de troca, onde você se relaciona com alguém que pode lhe oferecer algo que lhe beneficia. Só isso. Você está sempre procurando alguém não que lhe ame, mas que lhe satisfaça.
Nunca acredite quando alguém disser: “Eu te amo”. Porque não será verdade.
Autor:desconheço