SHARITHA

 
registro: 14/07/2008
NAO tenho paciência pra mimimi ,nem tempo pra bla...bla...bla..DESCULPE-ME....????
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Piadas do Joãozinho

Nenhum texto alternativo automático disponível.
Eu, Pênis, solicito aumento de salário pelas seguintes razões:
- Faço esforço físico no cumprimento de minhas funções;
- Trabalho em grandes profundidades;
- Mergulho de cabeça em tudo que faço;
- Não descanso nos fins de semana ou feriados nacionais;

- Trabalho em ambiente extremamente úmido;
- Não recebo horas extras;
- Trabalho em ambiente sem iluminação e sem ventilações adequadas;
- Trabalho sob altas temperaturas, sem climatização;
- Meu trabalho me expõe as doenças contagiosas;
Resposta da diretoria(Feminina)
Sr. Pênis, após a revisão dos seus pedidos e considerando seus argumentos, a diretoria REJEITOU seu pedido baseando-se nos seguintes fatos:
- Você não trabalha 8 horas ininterruptamente;
- Você dorme durante o expediente após curtos períodos de trabalho em visível demonstração de "corpo mole";
- Você não segue sempre as ordens da gerência e costumar visitar outras repartições;
- Não tem iniciativa. Precisa ser estimulado e pressionado para começar a trabalhar;
- Você deixa seu ambiente de trabalho bagunçado ao final do turno;
- Nem sempre você observa as normas de segurança de trabalho e abre mão de seu EPI - Equipamento de Proteção Individual. Ou seja, não veste a correta roupa protetora;
- Você se aposentará muito antes dos 65 anos;
- Você é incapaz de trabalhar dois turnos dobrados;
- Ás vezes você abandona sua posição de trabalho antes de completar a tarefa;
- Ou passa mal e vomita ou simplesmente desmaia .
- E se tudo isso não bastasse, temos observado que você entra e sai do seu local de trabalho carregando um saco de aparência suspeita.
Sem mais,
Atenciosamente,
Diretoria Feminina.

Viver é correr riscos. Amar é se proteger dos estilhaços

Viver é correr riscos. Amar é se proteger dos estilhaços. Viver é sentir dor, desamparo, solidão, insegurança _ Desejo também.

Desejo e amor nem sempre caminham juntos. O amor nos protege do desejo.

O desejo aguça os sentidos, afasta a lucidez, desarma as defesas.

O amor consola, dá colo, protege.

O início é sempre desejo. Mas o tempo diminui o compasso, tranquiliza as batidas, protege da dor. O amor chega para acalmar a pele que transpira, o coração que acelera, a mente que inventa. De repente nos sentimos seguros de novo, em paz, em casa.

Quando amamos tudo é familiar. Reconhecemos o cheiro, a mania de encolher os ombros quando não entende alguma coisa, o gosto, o toque. Conhecemos os detalhes encobertos, as histórias que ainda comovem, a intimidade habitual.

Compartilhamos memórias, sonhos, construções. Aprendemos o momento de falar, o de calar. Conhecemos o território proibido_ aquele onde só devemos pisar com pantufas de algodão_ , ficamos experts em matéria de afinidades.

O amor traz segurança.

A segurança trai o desejo.

O desejo é companheiro da dúvida, do não saber, do querer o que não se tem.

O desejo é inseguro, vasculha emails em busca de provas, fica na extensão, abre agendas, bolsas e celulares em busca de pistas. O desejo desconfia, arde em ciúmes, briga com o bom senso, rompe com a razão.

O casamento nos protege do desejo, traz de volta a lucidez, reconhece o que é eterno. Mas viver um casamento sem desejo é como crème brûlée que esqueceu de ser flambado: doce e desbotado, calmante e pouco excitante, nutritivo e pouco atraente, leve e nada tentador.

Não acontece de fato, desfalece sem fazer barulho, acomoda-se com consentimento silencioso, renuncia a si mesmo, renega sua origem, denuncia a ausência, resigna-se com o remediado, morre sem esperança.

O segredo está no mistério. Não precisa causar dúvidas, estranhamentos, conspirações… Uma pontinha de enigma basta. Deixa uma fagulha de desconhecimento que atormenta, aguça os sentidos. Como fogo que consome o pavio na última esperança de voltar a ser fogueira, a dúvida tem que permanecer, a intimidade tem que revelar sem escancarar, o olhar tem que permitir indagações.

Casamento não pode ser sinônimo de ócio, preguiça, conformidade. O amor se acomoda no que é seguro, mas a vida é dinâmica, incessante, fugaz. O amor acomodado sobrevive na rotina e o desejo corre riscos. Corre o risco de se sentir vivo fora dali, de ser mais tragédia e menos drama, de ser mais discussão e menos entendimento, de ser mais carne e menos pijama de flanela.

Um casamento precisa mais do que o amor companheiro que acalma, compreende, dá colo, carinho e proteção. É preciso conhecer e desconhecer, reconhecer e assustar-se com a novidade que chega sem avisar, compreender e indignar-se com o que não percebeu.

Renovar os votos é tentar ser menos conhecido, é se fazer diferente para atiçar a dúvida, é discutir para provocar mais amor, é descobrir-se você mesmo quando os dois já se tornaram um, é ir embora para depois voltar, é gritar para tentar recomeçar, é ser menos compassivo e mais passional, é criar momentos de intimidade consigo mesmo longe do outro, apaixonar-se por um hobby, afastar-se para a falta ser sentida.

Renovar os votos é entender que nada é definitivo e ninguém é totalmente decifrável.

Mesmo o casal de velhinhos que encontrou a transformação do amor em ternura, sabe que o amor é parceiro da felicidade, mas o desejo é o fogo do maçarico que flamba a vida.




Deus me livre e guarde de você

 Alguns relacionamentos são como vício. Não do tipo bom, como beber dois litros de água por dia. São vícios tipo nicotina. Impregnam a mente, o juízo, a razão. A pessoa sabe que não devia, mas vai. Sabe que vai dar “merda”, mas tenta. Sabe que vai se machucar, mas arrisca.
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Não está dando certo, só sobram problemas e feridas, mas é um vício,impossível resistir. “Macumba”, como diz Rita Lee.Então você põe um fim. Chega de sofrer, chega de chorar, chega de implorar. Mas quem disse que o corpo desintoxica? Você acorda e torce para o telefone tocar só para ter o prazer de desligar na cara dele_ mas o telefone não toca. Você espera pelo menos um whatsapp só para responder com bastante raiva_ só que o whatsapp DELE não chega.

Então você pensa em ligar_ se segura_ “só por hoje” não ligo, não mando mensagem, fico invisível no msn, não fuço o perfil no facebook. Mas a madrugada é mãe das recaídas e ao voltar do barzinho onde bebeu todas, pega o telefone e digita o fatídico número. “O que é que tem, até ontem ele me amava…”

Porém o cretino nem lembra mais da sua voz, e quando se dá conta diz: “Ah! É você?” … Silêncio do outro lado. Você desliga e chega à conclusão que perdeu o juízo, quer morrer, tomar chá de pirlimpimpim e ir pra outra galáxia, voltar a ser feliz… Por que eu liguei meu Deus? Arrependida jura nunca mais cair no vício.

No dia seguinte reza: “Deus me livre e guarde de você”… Porque como dizia um amigo meu: “A carne é fraca e o espírito, vagabundo”


Um amor sob medida

Aos poucos, bem aos poucos, a gente vai entendendo o que nos cabe. Independente da ditadura da moda, vamos descobrindo nosso estilo: clássica, hippie, ousada, desencanada. E vamos conhecendo o corpo que temos, aceitando aquilo que nos foi reservado.
Mas antes disso erramos muito, erramos feio. Quem nunca se deparou com uma foto antiga, e sorriu ao perceber a inadequação? Eu mesma posso lembrar as vezes em que arrisquei um modelo “tomara que caia” num corpo desprovido de estrutura, e mais parecia um menino usando a roupa da irmã num desfile de carnaval.Uma roupa que cai bem é como uma relacionamento que dá certo. As peças combinam, há correspondência mútua, existe reciprocidade.

O contrário, porém, é o desencaixe. A calça não entra, fica parada no meio da coxa e a gente dá uns pulinhos pra ver se ela sobe. A danada sobe um pouquinho, o zíper esgarça para baixo e deitamos na cama para tentar um pouco mais. Ela finalmente entra, o botão belisca a pele para fechar, as gordurinhas pulam para fora na altura do cós. Está evidente que a calça não nos cabe, que não aceita o corpo que a habita, que quer ser feliz em outro canto. Mas a gente insiste, faz a coitada caber na marra, até estraga o tecido em nome desse enlace desastroso. Assim também num relacionamento sem reciprocidade.

É aos poucos que a gente aprende a amar direito. E a dar valor àquilo que nos foi reservado. Sem olhar para os lados e desejar o jeans skinny que não entra em nosso corpo robusto, mas aceitando a pantalona larguinha que valoriza nosso charme exclusivo.

Nem sempre a gente enxerga o amor onde existe reciprocidade. E preferimos ciscar em terreiros que não nos aceitam por completo a nos assumirmos merecedores de um amor real e possível. Quantas vezes recusamos a atenção verdadeira em nome de uma ilusão passageira?

Chega uma hora em que temos que amadurecer. E junto amadurecer nossas expectativas em relação ao amor. Descobrindo que amor sob medida é amor sem medida _ correspondido, revidado, validado, mútuo, recíproco. Amor que fica porque quer ficar, que doa porque quer se doar, que se expressa porque quer se expressar. Amor que não precisa de três pulinhos pra entrar nem de bojo pra ficar.

Só o tempo mostra o que deve permanecer de fato. As mãos que se entrelaçam por vontade, o aceno diário no portão, as últimas chamadas no celular, a mensagem respondida com atenção, o olhar que denuncia a importância, o gesto que confirma a relevância, o “querer estar preso por vontade”, a falta doída da saudade.

E descobrimos que amor bom é amor recíproco. Um amor sob medida que é do nosso tamanho, e nos cabe enfim. E paramos de sonhar de olhos abertos, desejando quem não nos deseja, almejando o que não é possível alcançar, tendo esperanças em migalhas que jamais irão se concretizar.

Aprendemos enfim que prestar atenção é de grande valia para os assuntos do coração. E que reconhecer o amor só se aprende com o tempo. Dando o devido merecimento ao que deve ser reverenciado, e deixando de lado o que não nos serve de bom grado.

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Nunca diga que ama se não lhe interessa

Outro dia me deparei com um poeminha de Maria Silva que dizia mais ou menos isso: “Nunca toque numa vida se não pretende romper um coração…”, e as palavras preencheram meu pensamento, me levaram para outras épocas, outros tempos em que eu mesma não tomava cuidado com as vidas que tocava.

Muito além das palavras de Saint-Exupéry, que dizia que somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos, acredito que é preciso ter cuidado com as vidas que tocamos.

Porque o amor é um terreno frágil, e não pode ser pisado com displicência. Ao contrário, por respeito, requer constante licença.

Há que se ter cuidado com o coração do outro. Não chegar para somar se o que a gente quer é sumir. Não chegar para corresponder se o que a gente deseja é se esconder. Não se aproximar para amar se no fundo a gente quer é abandonar.

O amor precisa de clareza. De gestos delicados que demonstrem a verdade do que sentimos e de certezas que evidenciem se é mesmo pra valer.

Ninguém está livre de se apaixonar e não ser correspondido. Porém, muitas vezes, algumas vidas são tocadas com a simples intenção de despertar sentimentos, e não de fazer valer a pena.

O mundo está cheio de gente confusa. Gente que diz que ama mas prefere ficar sozinho. Gente que num dia lhe manda flores e no outro não responde as mensagens no WhatsApp. Gente que tira a sua paz e não dá a mínima pra falta que faz.

Ninguém sabe ao certo o que vai dentro do coração do outro. Mas a gente sabe o que vai dentro do coração da gente. E por mais difícil que seja, é preciso dar clareza. Por mais duro que pareça, é preciso ser certeza.

Não adie seus planos e seja firme para evitar enganos.

Nem sempre é possível evitar que alguém se machuque ou se confunda com a gente. Nem sempre é possível pedir para alguém não se apaixonar porque não pretendemos fazer o mesmo. Porém, é possível não alimentar carências, desejos e esperanças com falsos juramentos. É possível não jogar com os sentimentos verdadeiros de alguém. É possível colocar os “pingos nos is” pra não prolongar o sofrimento. É possível ser presença para evitar reticência.

Não há nada que se compare com um coração em compasso de espera. Um coração que só enxerga pontos de interrogação e não encontra coerência nas peças soltas de sua história. Fica tudo parecendo um enorme quebra cabeça cujas peças não se encaixam, uma história confusa onde não há lógica entre o que foi dito e o que foi realizado. Fica faltando nexo, entende?

Que sejamos claros e cuidadosos. Claros no querer ou não querer, no amar ou não amar,  no ficar ou se afastar. Cuidadosos ao tocar uma vida, cuidadosos ao demonstrar o que sentimos, cuidadosos ao soprar esperança num coração.

E que não nos falte reciprocidade, pois o bom da vida é amar e ser amado, e não brincar de esconde esconde, pega pega ou cabo de guerra. O bom da vida é viver com transparência, e não ter dúvidas diante de um quebra cabeça sem coerência. O bom da vida é encontrar quem tenha certeza a nosso respeito, e não nos obrigue a viver cheios de suposições. O bom da vida é querer e ser querido, sem jogos de adivinhações…

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